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Botulismo



O botulismo é uma doença bacteriana grave, não contagiosa, causada pela ação de uma potente toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum, encontrada no solo, nas fezes humanas ou de animais e nos alimentos. A doença pode levar à morte por paralisia da musculatura respiratória.


Transmissão:

A bactéria causadora do botulismo produz esporos que sobrevivem até em ambientes com pouco oxigênio, como em alimentos em conserva ou enlatados. Ela produz uma toxina que, mesmo se ingerida em pouquíssima quantidade, pode causar envenenamento grave em questão de horas.

Além disso, os esporos desta bactéria existem na natureza, como em solos e sedimentos de lagos e mares. Também estão presentes na água não tratada e em produtos agrícolas, como legumes, vegetais e mel, e em intestinos de mamíferos, peixes e vísceras de crustáceos.

A bactéria entra no organismo por meio de machucados na pele ou pela ingestão de alimentos contaminados.

O botulismo apresenta três formas: alimentar, por ferimentos ou intestinal.


Botulismo alimentar:

Ocorre por ingestão de toxinas em alimentos contaminados e que foram produzidos ou conservados de maneira inadequada. Os alimentos mais comumente envolvidos são: conservas vegetais, principalmente as artesanais (palmito, picles, pequi); produtos cárneos cozidos, curados e defumados de forma artesanal (salsicha, presunto, carne frita conservada em gordura – “carne de lata”); pescados defumados, salgados e fermentados; queijos e pasta de queijos e, raramente, em alimentos enlatados industrializados.

O período entre a contaminação e o início dos sintomas pode variar de 2 horas a 10 dias, com média de 12 a 36 horas.

Quanto maior a concentração de toxina no alimento ingerido, menor o período de incubação.


Sintomas:

Variam de acordo com o tipo de infecção. Os mais comuns são:

– dores de cabeça; – vertigem; – tontura; – sonolência; – visão turva; – visão dupla; – diarreia; – náuseas; – vômitos; – dificuldade para respirar; – paralisia da musculatura respiratória, de braços e pernas; – comprometimento de nervos cranianos; – prisão de ventre; – infecções respiratórias.


Sintomas específicos:


Botulismo alimentar: náuseas, vômitos, diarreia e dor abdominal, que podem surgir antes ou ao mesmo tempo em que os sintomas neurológicos: visão turva, queda da pálpebra, visão dupla, dificuldade de engolir e boca seca. Com a evolução da doença, a fraqueza muscular pode se espalhar, descendo para os músculos do tronco e membros.


Prevenção:

A melhor prevenção está nos cuidados com o consumo, distribuição e comercialização de alimentos, além, é claro, da higiene com os alimentos e das mãos.

– evitar a ingestão de alimentos em conserva que estiverem em latas estufadas, vidros embaçados, embalagens danificadas ou com alterações no cheiro e na aparência; – produtos industrializados e conservas caseiras que não ofereçam segurança devem ser fervidos ou cozidos por pelo menos 15 minutos antes de serem consumidos – altas temperaturas podem eliminar as toxinas do botulismo; – não conservar alimentos a uma temperatura acima de 15ºC; – ao preparar conservas caseiras devem ser obedecidos, rigorosamente, os cuidados de higiene; – ao consumir alimentos preparados fora de casa, certificar-se de que as medidas de higiene foram adotadas pelo estabelecimento ou vendedor; – lavar sempre as mãos;

O mel é um dos alimentos mais perigosos se for mal conservado. Nunca dar mel para uma criança com menos de um ano de idade.

Todas as formas de botulismo podem matar, se não tratadas adequadamente, e são consideradas emergências médicas. Por isso, com a presença de qualquer sintoma é essencial procurar ajuda médica imediata. No Brasil, o botulismo está diretamente relacionado à contaminação de alimentos.

IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo.

Dica elaborada em novembro de 2020.

Fontes:

www.bvsms.saude.gov.br

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