Entender que o sortimento de um supermercado é dinâmico e muda conforme as diferentes ondas de comportamento do consumidor é a chave para ter sucesso. Esse é o caminho apontado por Fernando Fernandes, Sócio e Líder do escritório da L.E.K, em São Paulo, durante sua apresentação no primeiro dia do Congresso de Gestão da APAS Show 2019.
Uma das formas para “hackear” o crescimento é entender como as categorias são percebidas pelo consumidor e desenvolver estratégias baseada nesses drives de consumo. Para dar um exemplo, Fernandes cita cinco categorias de consumo em relação à alimentação, analisadas a partir de um estudo próprio da L.E.K.:
Naturais – sem ingredientes artificiais, 100% naturais, parâmetros de origem orgânica, não transgênicos e de rótulo limpo (ausência de aditivos considerados indesejáveis pelo consumidor);
Éticos – enquadra aqueles produzidos localmente, sem antibióticos ou hormônios, animais criados em liberdade e produtos de origem “fair trade” ou “comércio justo”;
Enriquecidos – alimentos ricos em proteínas, gorduras saudáveis e antioxidantes;
Alimentos com baixo teor (ou “baixos em”) – surgidos em um período pós “boom” da indústria alimentícia, com redução de ingredientes percebidos como “vilões” da alimentação, como sódio, calorias, gorduras, açúcar e carboidratos;
Dietas alternativas – grupos mais à frente nas tendências alimentares e com baixa participação e absorção pelo mercado, ainda que representem um bom potencial de investimento. Incluem produtos veganos, vegetarianos, sem glúten ou lactose ou voltados para dietas paleolíticas.
Para os supermercados, compreender esses comportamentos implica no investimentos em novos canais, como o e-commerce e até mesmo em nova disposição das lojas, a exemplo do Pão de Açúcar que criou a sessão “fresh” para dar mais visibilidade a frutas, legumes e verduras. “Sortimento é a alma do varejo. Ele é vivo, evolui para acompanhar as transformações do comportamento do consumidor”, finaliza o executivo.
Fonte : APAS
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